Chegou a hora de expandir nossas mentes, olhar para todos os lados, e QUERER A VERDADE! É hora de explorar as idéias desconhecidas pela camada desfavorecida. Lutemos nós que somos jovens! Lutemos para uma sociedade justa e pela educação de todos!
domingo, 18 de janeiro de 2009
O lenço dela
Quando a primeira vez, da minha terra
Deixei as noites de amoroso encanto,
A minha doce amante suspirando
Volveu-me os olhos úmidos de pranto.
Um romance cantou de despedida,
Mas a saudade amortecia o canto!
Lágrimas enxugou nos olhos belos...
E deu-me o lenço que molhava o pranto.
Quantos anos contudo já passaram!
Não olvido porém amor tão santo!
Guardo ainda num cofre perfumado
O lenço dela que molhava o pranto...
Nunca mais a encontrei na minha vida,
Eu contudo, meu Deus, amava-a tanto!
Oh! quando eu morra estendam no meu rosto
O lenço que eu banhei também de pranto!
( Àlvares de Azevedo, poesia ultraromantica do séc.XVIII)
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